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Os desafios do setor pela voz das executivas
dez. 12, 2023
Composto em sua totalidade por executivas mulheres, o primeiro Painel do ANM ’23 teve como tema o desenvolvimento do setor e seus principais desafios. Moderados por Mariana Menezes, gerente jurídica-regulatória da ABR, elas discutiram o panorama dos aeroportos e seus maiores desafios, em um cenário pós-pandemia.

Ana Benevides, chefe de Gabinete da ANAC, levantou a questão dos desafios da inclusão no setor aéreo, chamando a atenção para a necessidade de haver um trabalho coordenado do setor voltado para a maior capacitação e consequente inclusão de profissionais mulheres no mercado de trabalho do setor aéreo. Ela ressaltou ainda o Programa Asas para Todos, da ANAC, que visa a fomentar a diversidade, equidade e inclusão para passageiros e profissionais na aviação civil.

Paola Aires, advogada e sócia da Dutra e Associados, falou sobre a consensualidade e o desafio de acomodar os legítimos interesses de atores envolvidos em litígios oriundos de disputas no âmbito da gestão contratual acumuladas em mais de 10 anos de concessões aeroportuárias, enalteceu a negociação fora do Judiciário, em um ambiente no qual a atmosfera e os mecanismos de mediação são utilizados em favor do consenso, do acordo pelo fim da disputa, visando sempre ao interesse público: “É possível fazer acordos que são bons para o consumidor, concessionárias e agentes públicos, em um ambiente de cooperação”.

Para Jaqueline Gil, diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, o desafio da expansão do turismo é passarmos dos famosos patamares estabelecidos pelo recorde de turistas registrado em 2018, com 6,7 milhões de estrangeiros e o recorde de entrada de divisas registrado em 2014, durante a Copa do Mundo, com US$ 6,5 bilhões. “Estamos muito aquém da nossa possibilidade”, afirmou a executiva, falando da ambição de chegarmos, em 2027, a oito milhões de turistas e US$ 9 bilhões em divisas. Ela salientou que, para se chegar nesses números, são necessários investimentos e parcerias, como a estabelecida entre a Embratur e a ABR, que visa à valorização da imagem do Brasil no mercado do turismo internacional, priorização de destinos brasileiros e aprimoramento da experiência do turista estrangeiro.

A gerente de contas sênior da SITA, Simone Yoneshigue, abordou o desafio da implantação da tecnologia, um fator que se desenvolveu fortemente por conta da pandemia, com uma série de soluções biométricas e digitalização de processos. “Tecnologia não é o desafio, é a solução. Desafio é a convergência de agendas entre os vários stakeholders: aeroportos, empresas aéreas e governos. É alinhar interesses, prioridades, timing e suporte financeiro”, disse.

Jurema Monteiro, presidente da Abear, falou do desafio da convergência entre os diversos stakeholders do setor. Ela ressalta que 2023 se consolidou como a volta da vontade de viajar pelos brasileiros, mas que ainda há muito por fazer, como enfrentar o aumento de custos do setor e a descontinuidade de alguns segmentos que impactam na cadeia produtiva onerando todo o processo. Indicando como maior desafio a atração de novos passageiros, Jurema destacou que “a palavra é convergência, esforço cooperado, ações conjuntas, construindo uma agenda com diferentes atores: governo, Congresso e os parceiros privados, como a ABR”.

  • Os desafios do setor na visão da liderança feminina

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    Os desafios do setor na visão da liderança feminina

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  • Mariana Menezes, gerente jurídico-regulatória da ABR

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  • Ana Benevides, chefe de Gabinete da ANAC

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  • Jurema Monteiro, presidente da Abear

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    Jurema Monteiro, presidente da Abear

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  • Paola Aires, sócia e advogada da Dutra e Associados

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  • Jaqueline Gil, diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur

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  • Simone Yoneshigue, gerente de contas sênior da SITA

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Tiago Bonvini
Por Comunicação ABR 21 mar., 2024
A ABR - Aeroportos do Brasil esteve presente na cerimônia de lançamento do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), nesta quarta-feira (20), em Brasília. Foco do programa é aprimorar a experiência do passageiro nos aeroportos brasileiros. Com o objetivo de aumentar a conectividade aérea do Brasil e outros países, com novas rotas e destinos, além de incrementar a experiência do passageiro que chega ao país nos aeroportos, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (EMBRATUR), em parceria com os ministérios do Turismo e de Portos e Aeroportos, lançou, nesta quarta-feira (20/03), o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI). O diretor-executivo da ABR, Tiago Bonvini, participou da cerimônia de lançamento do projeto, na sede da Embratur, em Brasília. O primeiro edital do programa foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira e prevê a realização de parcerias público-privada com as companhias aéreas e os aeroportos para a ampliação no número de assentos e voos internacionais com destino ao Brasil. O PATI será executado pela Embratur, com recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). Nesta primeira fase, de testes e ajustes da nova ferramenta de atração de voos, a previsão de investimento é de ao menos R$ 7 milhões, sendo metade custeada com recursos públicos. Um programa com essas características nunca foi realizado no Brasil. Políticas de fomento similares, executadas por países como Reino Unido, Espanha, Irlanda e Suécia, serviram de referência para a produção do PATI. Para o diretor-executivo da ABR, Tiago Bonvini, o programa é uma iniciativa inédita e inovadora para o setor de aviação e para o turismo internacional. “O Programa fortalece, ainda mais, a preocupação constante que os nossos aeroportos associados possuem em garantir a qualidade dos serviços e aprimorar a experiência de quem viaja ao Brasil. Os recursos, aliados a práticas sustentáveis e de inclusão, trazem oportunidades de investimentos e contrapartidas essenciais para fomentar a ampliação de novas rotas e destinos que conectam outros continentes ao nosso país, ao passo que o setor vem experimentando uma retomada no número de viajantes nacionais e internacionais, após os efeitos causados pela Covid-19.”, afirmou Bonvini. Durante a cerimônia, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destacou que o projeto foi feito com muito diálogo e parceria do Governo Federal, das companhias aéreas e dos aeroportos. “O turismo não funciona se não houver conversa entre todos os entes públicos. Estamos abrindo um edital público, com transparência, ainda um projeto-piloto, mas pode estar nascendo aqui uma cultura política que pode ter um resultado muito importante no futuro. Com esse programa, adaptamos para nossa realidade as melhores práticas internacionais de atração de novos voos”, disse Freixo. Em seu discurso, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ressaltou que o programa irá ajudar a aumentar o número de visitantes internacionais, gerando mais emprego e renda para a população. “O Brasil tem uma grande janela de oportunidades com o mercado internacional para, cada vez mais, poder trazer turistas e estrangeiros. (…) Estamos trabalhando para, ao lado das concessionárias, ampliar esse plano de investimentos para, cada vez mais, terem aeroportos estruturados, sobretudo aeroportos que vão receber o turista estrangeiro que vem visitar o Brasil”, ressaltou. Estiveram também presentes na cerimônia a secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Machado Lopes, que representou o ministro Celso Sabino, o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Tiago Pereira, o secretário nacional de Aviação Civil (SAC), Juliano Noman, a presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro, o CEO da Riogaleão, Alexandre Monteiro, além de representantes da GOL Linhas Aéreas, da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), e da concessionária CCR. O edital – Com recursos do FNAC, a EMBRATUR vai custear parte das ações de promoção destas novas rotas aéreas, no período de 27 de outubro de 2024 a 29 de março de 2025. As inscrições serão divididas em duas rodadas: uma com início hoje (20) e término em 17 de maio, com chamamento no dia 3 de junho; e a segunda com início das inscrições em 31 de maio e encerramento dia 22 de junho, com chamamento dos selecionados em 9 de julho. Para pleitear o recurso, a companhia tem que garantir um crescimento da malha aérea, em comparação à da temporada 2023/2024, e os recursos estarão vinculados aos novos assentos. O edital também estabelece critérios que privilegiam voos que decolem de países considerados “mercados estratégicos”, porque já emitem uma grande quantidade de turistas para o Brasil ou porque são grandes emissores internacionais, ainda que não possuam atualmente grande relevância para o turismo do país. É o caso, por exemplo, da Alemanha e da China, segundo e terceiro maiores emissores de turistas no mundo, mas que ocupam apenas a oitava e a vigésima posição entre os que mais visitam o Brasil, respectivamente. Como forma de induzir a ampliação da conectividade entre a maior quantidade de países, com voos diretos para diferentes destinos no Brasil, também serão privilegiadas para participar do PATI as propostas de criação de rotas que decolem de aeroportos que não tem voo direto para o Brasil, ou de países que não tem voo direto para o aeroporto brasileiro. A frequência semanal maior do voo também é premiada com maior pontuação, assim como a conveniência do horário de chegada e partida, com preferência para o intervalo entre 9h e 18h, mais atrativo para os turistas que chegam ao país. Por fim, serão melhor ranqueadas as propostas que usarem aeronaves mais modernas, que emitem menos carbono na atmosfera, e as empresas que assumiram acordos para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, com políticas de sustentabilidade e meio ambiente, combate ao tráfico de pessoas, atendimento à mulher, inclusão social e diversidade.
Silvio Costa Filho, Ministro de Portos e Aeroportos, na abertura da ANM 2023
12 dez., 2023
Ao abrir o Airport National Meeting, ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reconhece os avanços que iniciativa privada levou ao setor aeroportuário na última década.
Painel com Luis Felipe Oliveira, da ACI-World, e Rafael Echevarne, da ACI-LAC.
12 dez., 2023
Luis Felipe Oliveira, da ACI-World, e Rafael Echevarne, da ACI-LAC, apontam os caminhos para o crescimento do setor aeroportuário, com desregulamentação, competitividade e trabalho integrado.
Vivianne Rodrigues, Julio Ribas, Gustavo Figueiredo, Jorge Arruda, Daniel Miranda e Tiago Bonvini.
12 dez., 2023
Painel exibiu o que de melhor as administradoras privadas têm feito nos aeroportos em termos de medidas ambientais, sociais e de governança.
Fábio Carvalho, Andreea Pal, Fernando Castro, Joaquín Rodríguez, Marco Beme e Marco Antônio Migliori
12 dez., 2023
No último painel do ANM, as concessionárias expõem projetos e iniciativas que prestigiam a inovação.
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